A entrada nos 40 anos marca o início de alterações importantes na qualidade e na aparência da pele da mulher. A explicação é hormonal. “A chegada do climatério (pré-menopausa) significa uma diminuição severa na produção de estrogênio, hormônio feminino que influencia os níveis de hidratação da pele e a capacidade de fabricação de colágeno, que forma sua trama de sustentação”, fala a dermatologista Denise Steiner, conselheira da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).

Dos 50 anos em diante, com a menopausa e a queda vertiginosa na produção hormonal, a velocidade das mudanças só aumenta e os resultados no rosto ficam evidentes: falta de viço, aparecimento de rugas e perda de definição no contorno por causa do avanço da flacidez. A pele negra demora mais para apresentar esses sinais, mas nem por isso dispensa cuidados.

Nessa fase, quem não pretende esconder ou reverter os efeitos do tempo no rosto com tratamentos invasivos pode tomar atitudes que colaboram para desacelerar o processo de envelhecimento da pele. Por exemplo? Rever a rotina de beleza e adotar cuidados mais assertivos.

Estilo de vida também faz bastante diferença na beleza da pele – nessa e em todas as fases da vida. “Alimentação rica em açúcar e industrializados, exposição a sol e poluição, além de stress e hábitos como fumar e beber álcool, são fatores inflamatórios que aceleram os danos à estrutura da pele”, avisa a dermatologista Adriana Cairo, membro da SBD.

Confira três atitudes essenciais para garantir uma pele bonita depois dos 50.

1. Hidrate sem moderação

A passagem do tempo e as mudanças hormonais reduzem a concentração de ácido hialurônico no organismo, molécula que tem a capacidade de atrair e reter água na pele. Diminuem também a produção de suor e lipídios, que ajudam a proteger contra a perda de umidade pela epiderme. Daí a pele mais fina, ressecada, sem brilho e marcada por rugas.

Aposte em ativos cosméticos que vão segurar a água na pele, como ácido hialurônico (quanto menores as moléculas da fórmula, melhor a penetração nas camadas mais profundas), ceramidas (um tipo de gordura) e aquaporinas (uma classe de proteínas), em cremes para o dia ou a noite. “Tente aplicar nos primeiros minutos após o banho, quando a pele está mais permeável”, sugere Kédima Nassif, membro da SBD.

A médica recomenda, ainda, o uso de skinboosters com ácido hialurônico. Diferentemente dos preenchedores com a mesma substância, nesse caso não vai haver aumento de volume ou mudança no contorno do rosto. O ácido hialurônico dos skinboosters vai atuar nas camadas profundas da pele, equilibrando os níveis de água e conferindo hidratação, maciez e elasticidade duradouras, pois também estimula a produção de colágeno. 

2. Resgate o colágeno

A proteína que dá firmeza à pele se degrada com o tempo. Isso somado à perda de tecido ósseo e muscular comum aos 50+, o resultado no rosto é pele flácida – que cede, formando bigode chinês, olheiras, bochechas caídas e papada – e perda de contorno. 

Inclua na rotina de tratamento ativos que estimulam a renovação celular e a produção de colágeno – ácidos retinoico e ferúlico, retinol, adapaleno, vitamina C. Como podem sensibilizar a pele, prefira utilizá-los em cremes noturnos, associando com filtro solar no dia seguinte. Ingredientes com efeito tensor imediato e cumulativo – DMAE, argireline, tensine, raffermine – podem ser combinados para melhorar o tônus, a textura e vitalidade da pele.

“Há, ainda, os bioestimuladores injetáveis de colágeno, que atuam no nível da derme (camada intermediária) desencadeando uma inflamação controlada e ativando a produção da proteína pelos fibroblastos”, explica Kédima Nassif.

Para quem adora equipamentos, ultrassom microfocado (que utiliza calor concentrado em pequenas áreas) e lasers fracionados não ablativos são alternativas que induzem a fabricação de colágeno sem causar lesão dérmica – ou seja, você pode voltar às atividades logo depois.

3. Escolha o veículo certo

Tão importante quanto os ativos eleitos é o tipo de formulação em que eles entram. Creme, gel-creme e bálsamo, que têm consistência mais densa, são os mais indicados para compensar o ressecamento típico da pele mais madura. Gel e sérum têm potencial hidratante menor e podem ser opção de quem tem tendência a oleosidade – sim, pode haver pele oleosa mesmo nesta fase, já que os hormônios androgênicos, que predispõem ao problema, não caem na mesma proporção que os femininos.

Na etapa de limpeza, sabonetes líquidos que formam o mínimo de espuma possível são os melhores, pois menos agressivos. A menos que tolere bem, evite fórmulas com ácido salicílico, que possui efeito secativo e pode acabar irritando a pele.

Para quem não tem predisposição a oleosidade, os óleos faciais (desde que leves e não comedogênicos) são uma boa aposta para reter a umidade da pele – sem dispensar o hidratante facial, vale lembrar. “O creme vai entregar ativos às camadas da pele, hidratando-a de dentro para fora, enquanto a função do óleo é impedir a perda de líquidos pela superfície”, esclarece Denise Steiner.

Fonte: https://vogue.globo.com/semidade/Ageless/noticia/2019/10/3-cuidados-simples-para-uma-pele-incrivel-depois-dos-50.html

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